quarta-feira, 7 de abril de 2010

O surgimento das cidades-Estado

História

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b6/Balkan_topo_en.jpg/250px-Balkan_topo_en.jpg

Descrição topográfica da Península Balcânica.

Um dos fatores de evolução da mitologia grega foi a grande transformação que ela experimentou através dos tempos, e tal transformação serviu para enriquecer sua própria cultura. Os primeiros habitantes da Península Balcânica, em grande parte agricultores, atribuíam a cada aspecto da natureza um espírito. Finalmente, estes espíritos vagos assumiram a forma humana e entraram na mitologia local como deuses e deusas. Quando as tribos do norte invadiram a Península Balcânica, trouxeram consigo um novo panteão de deuses e crenças, voltadas à conquista, à força e à valentia, à batalha e ao heroísmo violento. Outras divindades mais antigas que povoavam a mente dos habitantes agrícolas se fundiram com aquelas dos invasores mais poderosos, ou então desvaneceram-se na insignificância.

A Idade das Trevas na Grécia (c. 1200 a.C.-800 a.C.) refere-se ao período da pré-história grega cujo início tem lugar a partir da suposta invasão dórica e do final da civilização micênicano século XI a.C. e cujo fim é marcado pela ascensão das primeiras cidades-estados gregas no século IX a.C., pela literatura épica de Homero e pelos primeiros registros escritos a utilizarem o alfabeto grego, no século VIII a.C..

A arqueologia mostra que houve uma colapso da civilização que habitava o mundo Mediterrâneo ocidental durante esse período. Os grandes palácios e cidades dos micênicosforam destruídos ou abandonados. A civilização hitita entrou em colapso. Cidades inteiras foram destruídas, desde Tróia até Gaza. A língua grega deixou de ser escrita. A arte cerâmica da idade das trevas grega consistia em desenhos geométricos simplistas, a decoração figurativa da produção micênica anterior sendo inexistente. Os gregos do período da idade das trevas viviam em habitações menores e mais esparsas, o que sugere a fome, escassez de alimentos e uma queda populacional. Não foi encontrado em sítios arqueológicos nenhum artigo importado, mostrando que o comércio internacional era mínimo. O contato entre poderes do mundo exterior também foi perdido durante essa época, resultando num progresso cultural vagaroso, bem como uma atrofia em qualquer tipo de crescimento.

Os reis desse período mantiveram sua forma de governo até que foram substituídos por uma aristocracia. Mais tarde, nalgumas áreas, essa aristocracia foi substituída por um setor aristocrático dentro de si próprio - a elite da elite. As técnicas militares de guerra tiveram seu foco mudado da cavalaria para a infantaria, e devido ao barato custo de produção e de sua disponibilização local, o ferro substituíu o bronze como metal, sendo usado na manufatura de ferramentas e armas. Lentamente a igualidade cresceu entre os diferentes estratos sociais, resultando na usurpação de vários reis e na ascensão da família (γένος, genos).

As famílias (γένοι, génoi) começaram a reconstruir seu passado, na tentativa de traçar suas linhagens a heróis da Guerra de Tróia, e ainda mais além - principalmente a Hércules. Enquanto a maior parte daquelas histórias eram apenas lendas, algumas foram separadas por poetas da escola de Hesíodo. Alguns desses "contadores de histórias", como eram chamados, incluíam Hecateu de Mileto e Acusilau de Argos, mas a maioria desses poemas foram perdidos.

Acredita-se que os poemas épicos de Homero contêm um certo montante de tradição preservada oralmente durante o período da Idade das Trevas. A validade histórica dos escritos de Homero têm sido disputada vigorosamente (cf. a "questão homérica"). Ao fim desse período de estagnação (uma das principais características da Idade das Trevas) a civilização grega foi engolida por um renascença que espalhou-se pelo mundo grego chegando até ao Mar Negro e à Espanha.



Fonte de pesquisa: www.wikipedia.com.br/Érika Bruno O. Peixoto

Nenhum comentário:

Postar um comentário